segunda-feira, 3 de maio de 2010

A boca do tolo o aproxima da ruína

Provérbios 10:14 ¶ Os sábios entesouram a sabedoria; mas a boca do tolo o aproxima da ruína.

O versículo diz que: a boca do tolo o aproxima da ruína.

Vamos aprofundar?

Advertência: A cada pergunta, tente responder por si mesmo antes de continuar e, se possível, leia calmamente, de forma reflexiva. Vamos lá!

Quem se aproxima da ruína?
O tolo.


Quem é o tolo?
No dicionário aurélio temos a seguinte definição:
Adjetivo.
1.
Que diz ou faz tolices.
2.
Simplório, ingênuo. [Sin. de 1 e 2: abobado, abobalhado, amalucado, aparvalhado, apatetado, babaquara, basbaque, bobo, boboca, bocó, débil, estulto, idiota, imbecil, lambão, leso, lorpa, maluco, pacóvio, palerma, parvo, paspalhão, pateta, tonto.]
3.
Vaidoso, presunçoso.
4.
Ridículo (pessoa ou coisa).
5.
Que não faz sentido; disparatado.

Substantivo masculino.

6.
Indivíduo tolo; babaquara, basbaque, bobo, boboca, bocó, idiota, imbecil, maluco, pacóvio, palerma, parvo, paspalhão, pateta, pato, tonto.


O que aproxima o tolo da ruína?
Sua boca.

Qual a função da boca?
Ingerir alimentos e pronunciar as palavras.

Ingerir alimentos relaciona-se apenas a nós mesmos ou envolve a outros?
Apenas a nós mesmos.

Pronunciar palavras relaciona-se apenas a nós mesmos ou envolve a outras pessoas?
Envolve a outras pessoas.

O que acontece quando estamos em contato com outras pessoas através das palavras?
Nos relacionamos. Independente do grau de relacionamento, seja com uma pessoa querida, com um desconhecido na rua ou na condução, com o porteiro, com o jornaleiro, com uma pessoa pública, com um vendedor, com familiares ou parentes, com os amigos, com o gari, com o colega de trabalho, etc.

Ponto reflexivo:

As palavras que saem da nossa boca destróem ou beneficiam nossos relacionamentos?
Seriamos capazes de renunciar nossa própria fala, ou seja, o que falaríamos naquele exato momento (mesmo sendo a possível verdade) em prol de um bem maior: a saúde e vida dos nossos relacionamentos?
E por fim: temos sido tolos ou sábios? Estamos nos aproximando da ruína ou acumulando sabedoria?

Vejamos um exemplo fictício, porém muito real.

Relacionamento
Quinta, 15 de abril de 2010, 10h29 Atualizada às 12h00
'Viver a Vida' evidencia intromissão da mãe na vida do filho
Alex Carvalho/TV Globo/Divulgação

Personagem de Natalia do Vale dá palpite em tudo na vida dos filhos gêmeos

Ingrid, personagem de Natália do Vale na novela global Viver a Vida, não poupa esforços para fazer com que os filhos Miguel e Jorge, vividos por Mateus Solano, tenham a vida que imaginou para eles. Dá palpite em tudo, critica suas decisões sem parar e tenta afastá-los das namoradas que não a agradam. Já chegou a dizer que "mãe pode tudo". Os gêmeos ficam insatisfeitos, não seguem as suas vontades e as brigas são constantes.

Mães que se intrometem excessivamente também são assunto nas telonas. No filme Minha Mãe Quer Que Eu Case, de 2007, Daphne (Diane Keaton) decide encontrar o namorado ideal para sua caçula, Milly (Mandy Moore), cuja vida amorosa é repleta de desilusões. Sem pedir a opinião da jovem, coloca um anúncio em um site de relacionamentos e seleciona um pretendente. Quando a armação é descoberta, a reação da filha obviamente não é das melhores: fica extremamente magoada e sem falar com Daphne.

O longa A Sogra, de 2005, por sua vez, conta a história da mãe Viola (Jane Fonda), que acabou de ser demitida do emprego e não quer perder também o filho, Kevin (Michael Vartan). Por isso, faz de tudo para separá-lo de Charlotte (Jennifer Lopez), sua nova parceira.

Situações como essas não são exclusividades da ficção. A bancária Erika Morais, de 26 anos, se irrita com a mãe porque ela reclama sempre de suas atitudes e quer saber de sua vida detalhadamente. Todos os namoros e empregos têm ao menos uma pitada de intromissão dela, segundo a jovem. "Uma vez, estava esperando uma resposta de emprego extremamente importante. Quando a moça ligou, minha mãe perguntou de onde era, quanto era o salário, perguntas que nem eu teria coragem de fazer. Passei em todas as etapas e, misteriosamente depois dessa ligação, que só soube quando vi o nome e o telefone em uma agenda dias depois, ninguém me ligou mais. Perguntei quem era e ela disse que uma doida estava me procurando. E o pior: ela que me contou que fez essas perguntas", disse.

Erika disse que já discutiu muito, mas hoje percebe que é o jeito da mãe e não conseguiria mudá-lo. "Preciso respeitar e também impor os meus limites. Eu amo minha mãe, mas sei que serei totalmente independente somente quando sair de casa."

Pais
Não são apenas as mães que podem ganhar a fama de "abelhudas". Alguns pais recebem esse rótulo. "Tradicionalmente, a mãe é que teria mais esse tipo de atitude, porque a mulher é educada para cuidar. No entanto, isso está mudando, porque elas conquistaram espaço no mercado de trabalho. Muitos casos hoje são relacionados aos pais", afirmou o psicólogo e psicoterapeuta Antonio Carlos Amador Pereira, professor da Pontifícia Universidade Católica (PUC)/SP.

Esse é o caso de M.C., 25. Não considera que o pai tenha lhe prejudicado de alguma forma, mas as suas intromissões atrapalham a convivência, principalmente por ser teimoso e dificilmente aceitar a opinião alheia.

O seu comportamento passou a incomodar quando M. começou a dar os primeiros passos para sua independência, ao ingressar no mercado de trabalho. "Quando era adolescente, pensava às vezes: 'OK, ainda não tenho muita moral nem capacidade para peitá-lo'. Mas ficando mais velha, comecei a argumentar. Nisso surgiram alguns estresses, mas também soluções." A sua maior meta agora é ter condições financeiras para sair de casa e viver longe das "asas" do pai.

Na novela Caminho das Índias, da TV Globo, era o indiano Opash (Tony Ramos) quem dava "pitaco" na vida dos seus descendentes, até por conta da cultura daquele país retratada na história. Chegou a separar Raj (Rodrigo Lombardi) da brasileira Duda (Tania Khalill), porque a moça não tinha a mesma cultura e religião.

Comportamento
Os motivos que levam pais e mães a quererem participar mais do que deveriam da vida da prole podem ser os mais variados. Entre eles estão excesso de zelo e apego, gostar de controlar tudo, ter sido criado da mesma forma, querer que faça o que não conseguiu, dificuldade em aceitar que as crianças cresceram.

Muitas vezes, nem percebem, mas se prejudicam com esse comportamento. "Preocupar-se com o filho é absolutamente normal, mas viver em função dessa preocupação, não. A pessoa acaba se anulando e vive menos plenamente", disse Pereira. "É essencial aprender a cuidar de si, fazer coisas boas para si. Se não consegue isso, a terapia pode ser um meio de ajuda para identificar as alternativas positivas."

Dependendo de como é o relacionamento em casa, os jovens podem se tornar passivos, rebeldes, dependentes. Existe a possibilidade ainda de alguns terem dificuldade de se relacionar ou apresentarem baixa autoestima. Afastar-se dos pais também é um dos resultados possíveis.

Quando o assunto em questão é crítica, o psicólogo ressaltou que são necessárias, quando não extrapolam na dose. "O problema é o excesso delas. Se a pessoa só critica e não dá espaço para nada, pode fazer com que o outro tenha medo de errar, se torne muito sensível a críticas." Sugestões são bem-vindas quando há espaço para se pensar sobre elas e, então, agir da maneira que achar melhor.

Limites
A frase "as pessoas devem criar os filhos para o mundo" se encaixa perfeitamente ao assunto. Segundo Angélica Capelari, professora de psicologia da Universidade Metodista de São Paulo, a participação dos pais é maior quando os filhos são crianças, porque estão aprendendo a ter informações para optar. Conforme crescem, esse envolvimento deve diminuir, para que possam fazer suas escolhas e, inclusive, "quebrar a cabeça".

Na opinião de Pereira, relacionamentos ruins pedem conversas francas. Se não resolvem, muitas vezes a situação só apressa o ato natural dos filhos saírem de casa.


Fonte: http://mulher.terra.com.br/interna/0,,OI4382833-EI4788,00-Viver+a+Vida+evidencia+intromissao+da+mae+na+vida+do+filho.html


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